O país continua com elevado número de casos diários, 56.081 nesta terça; total chega a 3,1 milhões, mostra consórcio de imprensa
O Brasil registrou 1.242 novas mortes pela Covid-19 e 56.081 casos da doença, nesta terça (11). Dessa forma, os óbitos já chegam a 103.099 e as infecções a 3.112.393.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.000, o que mantém uma posição de estabilidade nos dados, embora com números elevados.
O Sul apresenta expansão da pandemia, com crescimento da média móvel de mortes de 22% em relação a 14 dias atrás.
O Paraná também teve o maior número de registros de mortos, 98. O estado, contudo, não enviou registros na segunda, o que já havia ocorrido no sábado. Os números dos outros estados do Sul também são elevados, com 55 mortes no Rio Grande do Sul e 78 em Santa Catarina, o segundo maior valor registrado no estado.O Distrito Federal registrou o maior número de mortes em um dia, 53.
Os números de São Paulo, nesta terça, também chamam a atenção. Foram registrados 420 óbitos, o terceiro maior valor documentado. Ao mesmo tempo, o estado está em meio ao processo de flexibização da quarentena.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
MORTOS NOS ESTADOS
O Brasil tem uma taxa de cerca de 49,2 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 50,4 e 70,1 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 42 mortes para cada 100 mil habitantes.Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 10,8 mortes por 100 mil habitantes.O Ministério da Saúde afirmou nesta terça-feira (11) que o Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 52.160 casos de contaminação pela novo coronavírus e 1.274 mortes em decorrência da Covid-19. O total já chega a 103.026 óbitos e 3.109.630 casos.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Fonte: Folha de São Paulo