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Covid-19: diante da urgência, a imaginação assume o comando

Na hora da pandemia, com os jornais coalhados de notícias sombrias, quando curvas de contaminação que nunca param de crescer estão lado a lado dos números cada vez mais impressionantes de mortos, também há boas notícias… no front da solidariedade e da criatividade.

 “Jeitinho” na ordem do dia

Diante das carências mais flagrantes, de máscaras, álcool gel e até de ventiladores mecânicos, a urgência de agir e encontrar soluções, mesmo improvisadas, estimulou a imaginação e a boa vontade. Uma das consequências (positivas) do coronavírus é que ter recuperado o “jeitinho” ou o “faça você mesmo”.

Desde as máscaras improvisadas feitas no canto de uma mesa até as iniciativas mais “industriais”, todavia inesperadas, como a reciclagem da cadeia de produção de perfumes ou bebidas destiladas para a fabricação de álcool gel, o sistema J de “jeitinho”, algumas vezes levando até a invenções geniais (além de salvadoras) que podem durar muito tempo, mostra que é possível em pouco tempo passar do supérfluo para o necessário…

Todas essas descobertas foram “conceitualizadas” e até receberam um nome: o “MacGyvering“, inspirado nesse herói de uma série de televisão dos anos 80, capaz de se safar com três pedaços de barbante. Isso recebeu a aprovação do Dr. C Michael Gibson, que as promove nas redes sociais com a hashtag #MacGyverCare. Descrevemos aqui, de maneira inteiramente não exaustiva, algumas dessas bem-vindas iniciativas em tempos de crise.

Do luxo à necessidade

Diante do quase desaparecimento do álcool gel, deve-se reconhecer que o grupo de luxo LMVH foi o mais rápido no gatilho, propondo transformar sua fábrica de perfumes em fábrica de produtos desinfetantes, com distribuição gratuita para os hospitais, especialmente para os hospitais públicos de Paris (APHP, do francês Assistance Publique – Hôpitaux de Paris): uma iniciativa comemorada por toda a equipe médica.

Outros seguiram o exemplo, como a fábrica da L’Oréal, em Vichy, parcialmente reconfigurada para produzir álcool gel. No local, toda a fábrica foi “mobilizada para conseguir isso, da recepção aos motoristas das empilhadeiras”, explicou Jean-Yves Larraufie para La Montagne, gerente geral da Cosmétique Active Production, que decidiu revolucionar a rotina para responder, em caráter de urgência, às necessidades do campo.

“Com tantos pedidos, escalonaremos a produção. Com prioridade absoluta para os hospitais”, como o de Vichy.

Álcool em gel “local”

Desde a Pernod-Ricard – empresa francesa especializada na fabricação e distribuição de vinhos e outras bebidas alcoólicas – até as fábricas de produção de açúcar de beterraba, outro setor se posicionou como potencial fornecedor de gel e, por boas razões, a indústria de bebidas destiladas e a indústria açucareira têm o know-how e os meios para produzir álcool. No norte da França, dois grupos açucareiros franceses (por trás das marcas Béghin-Say e Daddy) interromperam sua produção para participar do esforço nacional contra o coronavírus: de 10.000 a 11.000 litros devem ser produzidos por semana. Essa produção de álcool gel “será disponibilizada gratuitamente para as organizações regionais de saúde e os hospitais de regiões vizinhas, que estão passando por situações críticas”, afirmou um dos grupos em um comunicado.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Fonte: MedScape

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