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Em seis meses, Rio Preto registrou 19 mil casos e 520 mortes pela Covid

Neste sábado, 12, completaram-se seis meses do primeiro caso em Rio Preto.

A pandemia de coronavírus completou neste sábado, 12 de setembro, exatos seis meses em Rio Preto. Em 12 de março, foi confirmado o primeiro caso da doença, de uma mulher de 28 anos que tinha histórico de viagem pela Europa. Ela teve sintomas leves e se recuperou.

Desde então, foram 19.355 ocorrências positivas – chegando ao total de 19.356, uma média de 107 por dia. São 520 mortes, uma média de 2,8 por dia, uma a cada 9 horas. Nenhuma doença matou nessa velocidade. A taxa de mortalidade está em torno de 2,6%.

Neste sábado, foram confirmados mais 241 casos e nove mortes. Durante live nesta sexta-feira, 11, a Saúde mostrou novamente dados que apontam que a quantidade de casos está caindo. Em 1º de agosto, a média móvel era de 291 casos confirmados por dia, em média, número que caiu para 261 em 19 de agosto, para 197 em 3 de setembro e 92, em média, em 9 de setembro.

A quantidade de mortes, no entanto, segue elevada. Proporcionalmente, Rio Preto é a terceira cidade, entre as maiores do Estado, com mais mortes. “Esses óbitos são resíduos do nosso pico, onde tínhamos um número de internados e um número de graves muito grande. Esperamos que com a queda que estamos apresentando isso venha a cair nas próximas semanas”, acredita Borim.

Proporcionalmente com relação à população, mais idosos morreram. “O idoso tem que ter um cuidado especial, por isso o filho do idoso tem que ter um cuidado especial, porque é ele que vai levar, é ele que vai ser o vetor”, pontuou o médico.

Na quinta-feira, 10, havia 318 pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) internados, uma redução em relação ao dia anterior – essa redução não aconteceu, no entanto, porque todos os pacientes tiveram alta; parte deles morreu. Do total, 188 estavam com coronavírus confirmado, sendo que 97 estavam em enfermaria e 91 estavam em UTI.

Borim ressaltou a necessidade de manter os cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus, mesmo durante a fase amarela: distanciamento social e evitar aglomerações, uso de máscaras, higiene das mãos e uso do álcool em gel.

O médico mencionou as aglomerações que foram vistas durante o feriado prolongado. “Foi um horror, não parecia que existia mais pandemia. Vamos ver a repercussão disso daqui 20, dias. Não tem sistema de saúde que possa sustentar uma situação dessa.”

“Houve essa flexibilização, que foi ótima para a economia, mas uma importante parte da população não entendeu que é para continuar tomando as precauções”, disse o médico.

Borim reforçou que será difícil abrir mais leitos de UTI pela rede pública e não descartou a possibilidade de uma segunda onda da doença, com a qual Espanha e Portugal estão lidando, retrocedendo em aberturas. “A segunda onda pode ocorrer, depende de aglomerações, das pessoas se cuidarem. Podemos ter segunda onda se não forem obedecidas essas normas sanitárias mínimas.”

Testes de vacina voltam

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou que os testes da vacina de Oxford devem ser retomados no Brasil logo após liberação da Anvisa e do Comitê Nacional de Ética e Pesquisa (Conep). Os estudos globais foram suspensos nesta semana depois que um participante do exterior apresentou reações adversas.

Neste sábado, 12, a Universidade de Oxford divulgou comunicado para informar que retomará a fase 3 dos testes da vacina, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca. Segundo o documento, após a intercorrência, foi realizado um processo de revisão e os testes receberam nova autorização no Reino Unido.

Por causa do sigilo, no entanto, não foram divulgadas maiores informações sobre o voluntário. De acordo com o jornal The New York Times, o participante seria uma mulher, não estava no grupo placebo e teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e costuma ser desencadeada por infecções virais.

A pesquisa também é realizada nos Estados Unidos, na África do Sul e no Brasil. Responsável por coordenar os estudos no País, a Unifesp afirma que 4,6 mil voluntários já receberam dose da vacina até o momento e não houve “qualquer registro de intercorrências graves de saúde”. (Agência Estado)

Fonte: Diário da Região

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