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Equipamento poderá ajudar no tratamento da Covid-19

Um equipamento que ajuda no tratamento do novo coronavírus (Covid-19), como um ‘pulmão auxiliar’ está sendo desenvolvido no Brasil. O produto, resultado da parceria entre a empresa rio-pretense Braile Biomédica, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o Instituto Eldorado, consiste na Oxigenação por Membrana Extracorpórea, ECMO em inglês, uma forma de respiração extracorporal. Ele será utilizado como suporte ao tratamento mecânico dado aos pacientes.

Segundo a empresa rio-pretense, o equipamento deve ficar pronto em oito semanas. Um lote inicial deve ser produzido e enviado aos 21 centros capacitados na operação de respiração extracorpórea. Ele é indicado aos pacientes com a Covid-19 que estão em tratamento para insuficiência respiratória aguda, uma das consequências da doença.

O equipamento funciona da seguinte forma: ele oxigena e remove o gás carbônico diretamente do sangue. Há um circuito padrão, no qual o sangue das veias é removido do paciente, bombeado até um oxigenador e depois devolvido ao corpo por meio de uma artéria ou uma veia. Produtos com essas finalidades já estão sendo usados em outros países, mas no Brasil é considerado pioneiro.

Segundo Rafael Braile, diretor da Braile Biomédica, a terapia foi amplamente usada no mundo durante o surto de H1N1, entre 2009 e 2010. “Na época, tivemos o aumento em 100 vezes de sua utilização e os resultados foram positivos. Como a Covid-19 ainda é recente, não temos dados exatos dos resultados de sua aplicação, mas nos baseamos na curva de experiência do Influenza. Também estamos observando os casos da Coreia do Sul e Japão, onde a ECMO tem sido oferecida para suporte no tratamento do Coronavírus. Nesses países, a curva de mortalidade tem sido menor e essa é justamente a tentativa, de diminuir essa curva”, afirma.

Ainda de acordo com a empresa, o produto poderá atender a demanda do mercado nacional neste momento de crescimento dos casos no Brasil. A empresa rio-pretense está correndo contra o tempo para começar a produzir o quanto antes.

A Embrapii entrará com 50% do projeto. O Instituto Eldorado será responsável pela coordenação do desenvolvimento dos componentes eletrônicos e computacionais, enquanto a empresa produzirá a mecânica e os insumos descartáveis utilizados no equipamento.

Fonte: Diário da Região

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