Loading...

Investimentos em pesquisa e inovação são essenciais para enfrentar futuras pandemias

Os investimentos em ciência e inovação, realizados por universidades, instituições de pesquisa e empresas de base tecnológica nas últimas décadas, permitiram que países como o Brasil dessem respostas rápidas aos desafios apresentados pela atual pandemia de COVID-19.

Agora, os esforços em pesquisa e inovação para o enfrentamento da COVID-19 capacitarão as nações para oferecer respostas não apenas a futuras pandemias, mas também às crises climática e energética ou ataques cibernéticos que ameaçam a sociedade global.

A avaliação foi feita por participantes de um encontro on-line, promovido no dia 08 de julho pelo Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), capitaneado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), para debater sobre por que o investimento em inovação será imprescindível no pós-crise.

debate teve a participação de Frederick Bordry, diretor de aceleração e tecnologia da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), Jussi Manninen, vice-presidente da VTT, da Finlândia, e Antonio José Roque, diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). A moderação do encontro foi feita por Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.

“A FAPESP olha para pesquisas e projetos de tecnologia e inovação de longo prazo que, provavelmente, não fornecerão respostas imediatas. É essa pesquisa de longo prazo, que está sendo financiada pelas agências de fomento hoje, que contribuirá para enfrentar novas pandemias e solucionar desafios futuros”, avaliou Mello.

Os investimentos feitos pela FAPESP nos últimos anos em projetos desenvolvidos pela empresa Magnamed , por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), permitiram que a startup se habilitasse para assinar um contrato com o Ministério da Saúde em abril para fornecer 6,5 mil ventiladores pulmonares até agosto de 2020, exemplificou Mello.

“A Magnamed é um dos casos de sucesso do PIPE-FAPESP. A empresa exporta para diversos países esses equipamentos, que estavam em falta no mundo todo”, disse Mello.

A construção nas últimas décadas de uma plataforma para o desenvolvimento de medicamentos no CNPEM também permitiu que um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências, localizado em Campinas, começasse a testar a ação de drogas já disponíveis no mercado para combater o SARS-CoV-2, disse Roque.

“Logo no início da pandemia de COVID-19, iniciamos um projeto de redirecionamento de fármacos por intermédio de uma rede criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações [MCTIC], para tentar identificar possíveis moléculas com ação contra o novo coronavírus. Conseguimos encontrar algumas candidatas e começamos a fazer ensaios pré-clínicos, testando a ação delas em células infectadas pelo vírus”, disse.

Um dos medicamentos testados por pesquisadores do CNPEM, a nitazoxanida, demonstrou em testes in vitro ter 93,4% de eficácia no combate à infecção causada pelo SARS-CoV-2. Com base nos resultados, o MCTIC decidiu realizar um teste clínico com cerca de 500 pacientes em cinco hospitais militares no Rio de Janeiro, um em São Paulo e outro em Brasília, para confirmar ou refutar o efeito do medicamento. Os testes estão em curso.

Saiba Mais: 

Fonte: Agência Fapesp

Investimentos em pesquisa e inovação são essenciais para enfrentar futuras pandemias - D'Olhos Hospital Dia