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Isolamento social em Rio Preto continua abaixo do recomendado

Um mês após implantar o mini-lockdown – com fechamento do comércio por 3 dias da semana -, Rio Preto mantém taxas baixas de isolamento social. Número de casos e mortes mais que triplicou

Um mês após o início do mini-lockdown em Rio Preto, que determina o fechamento do comércio aos domingos, segundas e terças, o índice de isolamento social na cidade continua abaixo dos 50% recomendados pelo governo estadual. Nos últimos nove dias úteis, ficou abaixo dos 40%. No período de vigência da proibição, os números de casos e de mortes por Covid-19 mais que triplicaram na cidade.

O fechamento do comércio por três dias entrou em vigor na segunda-feira, dia 29 de junho, quando o Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do Governo de São Paulo, que monitora o sinal do celular, registrou 43% de isolamento social na cidade. Neste primeiro momento de fechamento, esse percentual ficou dentro da média dos dias anteriores ao mini-lockdown, entre 42% e 44%.

Na segunda semana da medida, a cidade registrou 42% de isolamento de segunda a quinta-feira – 1% a menos do registrado na primeira semana do fechamento estendido. Na sexta-feira, o índice foi ainda menor, 41%. Os mesmos índices foram observados na terceira semana com mini-lockdown. O percentual foi o mesmo registrado nos outros dias da semana, quando o comércio de rua e as lojas dos shoppings, junto com os serviços essenciais, estavam liberados para funcionar seis horas por dia.

Na segunda-feira, dia 20, o gráfico do Simi-SP mostrou uma queda de 3% no isolamento durante os dias com o funcionamento apenas dos serviços essenciais – com 39% das pessoas em casa. Esse percentual se repetiu na terça-feira, dia 21, quando também valia a regra do mini-lockdown. O valor ficou em 39% nesta segunda-feira, 27, e baixou para 38% nesta terça, 28.

Neste período, a Guarda Municipal junto com a Vigilância Sanitária barrou festas clandestinas com bebida alcoólica com mais de cem pessoas nos fins de semana. Aglomerações familiares e de amigos em condomínios, chácaras e ranchos também são considerados pela Vigilância com alto potencial de transmissão do coronavírus.

Casos e mortes

No primeiro dia de mini-lockdown, Rio Preto tinha 2.515 casos e 75 mortes. Um mês depois, a cidade está com 8.610 pessoas com testes positivos para Covid e 234 mortos com a doença. O secretário municipal de Saúde, Aldenis Borim, afirma que os números eram esperados. “Nossos estudos mostravam o pico de contágio entre a segunda quinzena de julho e a primeira de agosto, portanto o crescimento no número de casos está dentro das projeções”, disse. O secretário não avaliou a eficácia do mini-lockdown.

Instituições

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), Kelvin Kaiser, afirmou que a associação concordou com o fechamento por três dias para ampliar o horário do comércio de quatro para seis horas por dia. Mas, segundo ele, a medida não trouxe o resultado esperado em relação ao avanço do vírus. O presidente considera, ainda, que as aglomerações fora dos comércios – em festas clandestina, por exemplo, – continuam sendo as “vilãs”.

O presidente do Sincomércio, Ricardo Arroyo, que tenta reverter na Justiça as restrições impostas ao comércio, defende a liberação total dos estabelecimentos para reduzir aglomerações. “Temos todas as formas de proteger os funcionários e de quem vem comprar. Menor tempo de abertura é mais pessoas para vir em ônibus lotados e se juntar para comprar”, disse.

Empresas de ônibus vão monitorar movimento

A repercussão da notícia da prorrogação do decreto que fecha os super e hipermercados durante os fins de semana e a ampliação do horário dos estabelecimentos das 6h às 24h levantou uma questão: a disponibilidade de ônibus do para transportar passageiros na entrada mais cedo e na saída mais tarde.

Procurada pelo Diário, o Consórcio Riopretrans – composto pelas empresas Expresso Itamarati e Santa Luzia – informou que ainda não foi procurado para alterações. Já o secretário municipal de Trânsito, Amaury Hernandes, afirmou que o transporte tem coletivos até a 00h30 e que da meia-noite às 4h há quatro ônibus (corujões) que também podem atender.

“Precisamos, primeiro, saber quantos (estabelecimentos) vão aderir. É um direito, mas não sabemos quantos vão ampliar”, afirmou. “Segundo, se houver necessidade, vamos sentar e definir”, completou.

Já a Associação Paulista de Supermercado (Apas) divulgou nota nesta quarta-feira, 29, com a informação de que “recomenda aos seus associados que, de acordo com a capacidade operacional de cada um, ampliem o horário de funcionamento de suas lojas nos dias em que podem atender”. (FP)

Fonte: Diário da Região

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