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Mundo tem 113 mil pessoas curadas do coronavírus

O mundo tem 113.769 pessoas curadas do coronavírus. A informação é do levantamento da Johns Hopkins University, que mantém um mapa atualizado em tempo real com dados sobre o avanço da Covid-19 no planeta. Até a manhã desta quinta-feira, 26, havia 491.623 casos confirmados e 22.169 mortes em decorrência da doença, a maioria delas na Itália, que contabiliza 7.503 óbitos.

A província de Hubei, na China, cuja capital Wuhan foi o local onde os primeiros casos apareceram, é onde há mais pessoas curadas. Dos 67.801 infectados, 90,2% – isto é, 61.201 pessoas – se recuperaram completamente da doença. A província registrou 3.169 mortes, o que representa 4,67% do total de infectados.

O segundo país com mais casos de pessoas curadas é o Iran. Dos 29.406 casos registrados da doença, 10.457, ou seja, 35,5%, estão recuperados. O país registrou 2.234 mortes, o que representa uma taxa de 7,5%.

A Itália é o país onde há mais mortes pela Covid-19. São 7.503 óbitos por complicações da doença, o que representa 10% do total de infectados no país. Até o momento, a Itália tem 74.386 pessoas infectadas, sendo que 9.362 (12,5%) são consideradas curadas da doença.

O Brasil, que ainda está no início da epidemia, tem 2.563 casos confirmados e 60 mortes, conforme dados divulgados pelas Secretarias Estaduais de Saúde e que constam no levantamento da Johns Hopkins University. O número de pessoas curadas ainda é baixo, apenas 6 em todo país.

Paciente curada fala como foi superar a doença

Agência Brasil

A advogada brasiliense Daniela Teixeira recebeu uma ótima notícia nesta semana quando soube que seu segundo exame para o novo coronavírus deu negativo. Ela foi a primeira paciente do Distrito Federal a ter sido curada do contágio, após semanas de medo e apreensão. Ela conversou com a Agência Brasil sobre a experiência e destacou a importância das ações de prevenção e combate à epidemia.

Como ocorreu a infecção?

Daniela Teixeira – Fui infectada no dia 6 de março, na Conferência da Mulher Advogada. Várias amigas começaram a apresentar os sintomas e tiveram exames dando positivo. Eu fiz o exame, embora não estivesse com sintomas. Ainda tinha facilidade para isso, pois o laboratório onde fiz realizava em casa. Aí deu positivo.

E o que você fez após saber que estava com o novo coronavírus?

Daniela Teixeira – Fui muito bem atendida pela Secretaria de Saúde [do DF]. Seguimos as instruções da secretaria de isolamento total. Ninguém entrava na minha casa. E os quatro que moram aqui em casa, meu marido e dois filhos, ficaram comigo para não disseminar o vírus. Porque se saíssem poderiam levar para outros. Fizeram exames e deram negativo. Ficamos totalmente isolados. Tive dor de cabeça, sintomas muito leves, de gripe, mal estar generalizado. Mas nada sério.

Como você se sentiu neste período? Quais foram as maiores dificuldades?

Daniela Teixeira – Se as pessoas estão com medo de pegar, imagina para quem deu positivo. Qualquer sintoma você fica com medo de evoluir, porque vemos casos de rápida piora. Das minhas colegas infectadas, temos três internadas na UTI [Unidade de Tratamento Intensivo]. É um medo constante de contaminar alguém da família e de apresentar sintoma.

E como você descobriu que estava curada?

Daniela Teixeira – Quando eu fiz o primeiro [teste], não tinha dificuldade. Várias de nós quando recebemos a notícia da primeira coleta, muitas de nós fomos fazer o exame. Agendava e ia fazer em casa. Como o meu deu positivo, tive acompanhamento da Secretaria de Saúde. Até porque eu poderia a qualquer momento evoluir o quadro. Fiz exame na sexta-feira [20 de março] novamente porque não estava apresentando sintomas. E saiu o resultado.

O que você pensou após receber o exame negativo e como avaliou essa experiência?

Daniela Teixeira – O pior sintoma é o medo. Essa é mensagem que temos que passar. Que a pessoa acredite no vírus. Meu medo de ter passado vírus para minha mãe e minha irmã, que tem problema de coração. Eu peguei o vírus trabalhando, nunca imaginei. É muito importante fazer essa quarentena, que consiga diminuir [o contato]. Aprendi também como faz falta abraço. Como é ficar em casa e não abraçar um filho, uma filha. Minha irmã fez aniversário e só pude dar um tchau pela janela. Não pudemos sair para comprar comida. Estamos vivendo um momento muito surreal. A vida fica totalmente limitada.

 

Fonte: Diário da Região

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