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OMS estabelece seis critérios para países que querem aliviar restrições

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um alerta aos países que estão aliviando ou pretendem aliviar as medidas de controle contra o novo coronavírus e anunciou seis critérios que as nações devem levar em consideração para suspender as determinações.

Durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (13), ele ressaltou que essas decisões precisam “ser baseadas na proteção da saúde das pessoas e guiadas pelo que se sabe sobre a doença”. “Isso significa que as medidas de controle devem ser levantadas devagar e de forma controlada. Não pode ser de uma vez”, disse ele

Para isso, a OMS informou que atualizou as recomendações estratégicas, com seis critérios para os países que cogitam aliviar as medidas de controle levarem em consideração:

1. A transmissão precisa estar controlada;

2. O sistema de saúde deve estar apto a detectar, testar, isolar e tratar cada caso, além de rastrear todos os contatos;

3. Os riscos do surto precisam estar minimizados em condições especiais, como unidades de saúde e casas de repouso;

4. As medidas de prevenção precisam ser adotadas em locais de trabalho, escolas e outros lugares que sejam essenciais para a população;

5. Os riscos de importação devem poder ser administrados;

6. As comunidades precisam estar completamente educadas, engajadas e empoderadas para se ajustarem às novas normas.

Adhanom explicou que o contágio da COVID-19 se acelera de forma rápida e desacelera mais devagar, e por isso, as medidas de controle devem ser aliviadas aos poucos e com cuidado.

Questionado sobre a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deixar de enviar recursos à OMS, Adhanom afirmou que o norte-americano apoia a agência e “espero que o financiamento à OMS continue”. “A relação que temos é muito boa e esperamos que continue assim”, disse.

Cloroquina e hidroxicloroquina

Durante a coletiva, o diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan, afirmou que a comunidade médica e de pesquisas está analisando seriamente o potencial da cloroquina e da hidroxicloroquina. “Não há evidência empírica de testes controlados de que funcionem contra a COVID-19”, ressaltou.

Ryan disse também que uma pessoa que apresentou uma resposta totalmente imune à doença com os anticorpos deve contar com “um período razoável de proteção” do novo coronavírus.

Sobre a situação no mundo, Ryan destacou uma certa estabilização no número de casos nos países, com uma queda considerável na quantidade de pacientes que dão entrada nos hospitais com sintomas. Mesmo assim, ele explicou que o número de mortos demora mais para ser reduzido.

“Não significa que acabou. Agora é um momento de cautela”, alertou o diretor-executivo. “Não podemos substituir o isolamento por nada. Teremos que mudar nosso comportamento para o futuro”, disse ele. Segundo a OMS, há 1,7 milhão de casos confirmados da COVID-19 no mundo. A doença já matou mais de 111,6 mil pessoas em centenas de países. Com Reuters

Fonte: CNN

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