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Profissionais de saúde poderão se cadastrar para testes da vacina

Eles serão voluntários pela vida e participarão de um momento histórico da humanidade. A busca por uma vacina capaz de acabar com a pandemia que parou o mundo. Em Rio Preto, profissionais de saúde já estão na expectativa de participar dos testes de uma das duas vacinas que serão testadas no Brasil contra o coronavírus (Sars-CoV-2).

Edneia Luiz dos Santos é uma das profissionais de saúde que pretendem se inscrever para participar dos testes da Coronavac. A vacina será testada pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) e foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. No Brasil, além de Rio Preto outros onze centros de pesquisas espalhados por cinco Estados testarão a vacina. A coordenação geral dos testes será feita pelo Instituto Butantan. “Eu quero contribuir para essa questão científica para que venha logo a cura e prevenção dessa doença”, diz Edneia, enfermeira da Santa Casa de Rio Preto.

Na próxima segunda-feira, 13, o governo de São Paulo deve lançar o aplicativo para os voluntários se inscreverem para participar dos testes. Edneia já disse que fará sua inscrição. “Nunca participei nem de teste de medicamento, mas eu acho muito importante e pretendo me inscrever. Na Santa Casa, por exemplo, a gente está tendo bastante afastamentos, não só de enfermeiros, mas em todas as áreas, por conta da Covid-19”, disse.

Para participar dos testes, e fazer inscrição no aplicativo, além de ser profissional de saúde da rede pública ou privada, os voluntários não podem ter tido diagnóstico da doença, precisam ter mais de 18 anos e não ter doenças instáveis – que afetam a resposta imune. Caso a voluntária seja do sexo feminino, não pode estar grávida. “São esses profissionais que estão mais expostos e que vão permitir o desenvolvimento muito rápido do estudo clínico”, explicou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, sobre a escolha dos voluntários.

Em Rio Preto, após o cadastro no aplicativo, os candidatos serão selecionados para fazer exames, como de sangue, para avaliação do estado de saúde antes da aplicação da vacina. Segundo Dimas Covas, ainda está sendo definido quantos voluntários serão testados em cada um os 12 centros de pesquisa, mas a expectativa é que seja 750 pessoas em cada um dos 12 polos do País, totalizando 9 mil voluntários.

Todos os vacinados em Rio Preto serão acompanhados por médicos e pesquisadores da Famerp para verificar a eficácia da vacina. A expectativa do governo de São Paulo é que os testes em humanos e na cidade comecem no dia 22 de junho. O estudo já tem autorização da Anvisa e do comitê de ética para início da testagem.

A vacina que será testada em Rio Preto é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos do vírus inativo. Com a aplicação da dose, pesquisadores esperam que o sistema imunológico do paciente testado passe a produzir anticorpos contra o agente causador da Covid-19. Durante os testes, metade receberá a vacina e metade receberá placebo, substância inócua. Os voluntários não saberão o que vão receber.

Segundo o laboratório responsável pela produção da Coronavac, na fase 1 e 2, os testes realizados com cerca de mil pessoas na China indicaram que 90% das pessoas produziram anticorpos contra a doença após duas semanas da aplicação e não foram identificados efeitos colaterais. Resultado positivo que possibilitou a continuação dos estudos para a última fase.

Outra vacina

Além da Coronavac, que será testada em Rio Preto, outra vacina que já está sendo testada no Brasil é a idealizada pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Além da Unifesp, onde profissionais de saúde já estão recebendo a vacina, profissionais de saúde do Rio de Janeiro e Salvador também serão selecionados para testarem a vacina.

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Fonte: Diário da Região

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