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Rio Preto tem até 1.000 exames de Covid à espera do resultado

 

Rio Preto tem entre 800 e 1.000 exames de coronavírus à espera de resultado, segundo o secretário de Saúde, Aldenis Borim. Atraso se dá por falta de insumos em laboratórios

Rio Preto tem de 800 a 1.000 testes de coronavírus represados, ou seja, aguardando resultados. É o que estima o secretário de Saúde, Aldenis Borim. São exames feitos nos últimos dias, mas também nas duas últimas semanas, pelo menos, que ficaram atrasados sobretudo devido à falta de insumos enfrentada pelos laboratórios – tanto por falta de envio por parte do Estado quanto pela dificuldade em adquirir os itens junto aos fornecedores. De acordo com o médico, há pacientes que estão aguardando o resultado dos testes e que inclusive já terminaram sua quarentena, sendo liberados para retornar à rotina. Desde o primeiro sintoma, a Saúde faz o monitoramento telefônico dos casos suspeitos.

Borim diz que os problemas nos laboratórios têm levado a uma instabilidade nos dados. No sábado, 8, por exemplo, foram confirmados 694 casos, um recorde na cidade, e dez mortes; no domingo, 9, foram contabilizadas mais 353 ocorrências e sete mortes; na segunda-feira, 10, outros 46 casos e nenhuma morte – o que não quer dizer que nenhum paciente tenha falecido em decorrência da doença.

A Saúde vem reiterando continuamente que os números confirmados a cada dia não correspondem àquela data somente, sendo também de outros dias que estavam aguardando os resultados dos laboratórios. Segundo Borim, pacientes menos graves chegaram a esperar um mês pelo resultado de seus exames. A prioridade dos laboratórios são os pacientes em estado grave, para determinar qual conduta deve ser adotada, que varia conforme o diagnóstico; e os profissionais de saúde, que, caso testem negativo, podem retornar ao trabalho, diminuindo a desassistência nos postos e hospitais – até o momento, 1.412 profissionais da saúde foram infectados em Rio Preto.

No sábado, quando a Saúde reportou 694 novos casos, informou que 500 (72%) deles eram referentes a semanas anteriores e que 194 (28%) eram referentes à semana atual. No acumulado, a cidade tem hoje 12.039 casos e 293 mortes.

Além da falta de insumos, outro fator que atrasou a contagem de casos foi uma falha no sistema E-SUS, que perdurou por vários dias.

Média móvel

Em uma semana, foram contabilizadas 40 mortes em Rio Preto. A média móvel de casos da última semana ficou em 368,1 por dia e a de óbitos em 5,71. A média móvel é calculada somando os dados dos últimos sete dias e dividindo o total por sete.

Borim acredita que os números, não apenas de casos confirmados, apontam para uma desaceleração da pandemia em Rio Preto. Vive-se atualmente a semana epidemiológica 33. “Da semana passada para essa semana as unidades básicas de saúde atenderam 28% a menos do que vinham atendendo anteriormente. Foram 1.135 pacientes a menos”, afirma ele, em relação aos moradores que buscaram atendimento por síndrome respiratória. Novos casos, referentes a semanas anteriores, ainda serão lançados no sistema, mas o secretário defende que está ocorrendo uma desaceleração.

Mesmo assim, ele reitera que o isolamento social e todos os cuidados contra o coronavírus devem permanecer e que ainda é cedo para falar em diminuição do platô. A semana epidemiológica 30 foi a de pico, a 31 foi de número alto de casos, houve uma queda na 32 e a 33 está apenas começando. “Estamos com uma semana bem promissora, mas é cedo ainda porque uma semana é muito pouco. O número de pacientes ainda é muito alto. O vírus está circulando ainda”, reforça Borim.

Fonte: Diário da Região

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